O que é IoT – A Internet das Coisas

O que é IoT  – A Internet das Coisas

IoT significa “Internet das Coisas”, é a extensão da internet às coisas, gerando a conexão e a troca de informações entre diversos dispositivos e a web, em tempo real.

Diante da indispensabilidade das IoT nos dias atuais, neste artigo, nós vamos esclarecer alguns pontos cruciais sobre a IoT, como: o que significa IoT? Quais os impactos da IoT?  Como a IoT funciona? Além do mais, vamos citar os exemplos mais comuns de IoT e, por fim, aplicar a Forense em IoT.

O que significa IoT?

Primeiramente, o termo IoT em inglês significa “Internet of Things”, e traduzido para o português, significa: “Internet das Coisas”, e foi identificada como um conceito emergente em 2012, por especialistas da área. (Gartner, 2015).

IoT – Internet of Things é uma nova visão para a internet, em que a internet passa a abarcar não só computadores, como, também, objetos do dia a dia. (Mattern; Floerkemeier, 2010; Faccioni Filho, 2016).[1]

A IoT se refere a um conceito que tem sido incorporado no cotidiano da sociedade em geral, pois contempla a comunicação da Internet com objetivos computacionais de todas as espécies, mediante diversos tipos de redes de conexões, tais como: WiFi, Ethernet, Bluetooth, Chip, entre outros.

Em outras palavras, a IoT é a interconexão entre dispositivos físicos do dia a dia, com a rede virtual, gerando qualidade de vida, praticidade nas atividades cotidianas, redução de custos e tempo e muito mais.

A Internet das Coisas aprimorou a conexão que os objetos computacionais possuem, mediante sensores, softwares e chips, para trocar informações pela rede.

De uma forma geral, compreende-se por IoT a maneira com que objetos físicos do nosso cotidiano se interconectam na web, muitos destes equipamentos estão incorporados com inteligência ubíqua e são controlados pela Internet. Os avanços em tecnologias subjacentes permitiram que “coisas” possam ser identificadas, detectadas e controladas remotamente usando sensores e atuadores (FENG; LAURENCE; LIZHE, 2012). (não grifado no original)

Sendo assim, é possível aplicar funcionalidades cotidianas utilizando a IoT, desde atividades simples, como ligar e desligar a televisão mediante um comando, até às mais complexas, as quais serão elencadas logo adiante.

Quando um dispositivo estiver conectado à internet, significa que ele, instantaneamente, envia e recebe informações de todos os tipos, permitindo a conexão em tempo real ao mundo ao seu redor, proporcionado, deste modo, a tomada de decisões baseadas em dados em tempo real.

Ao conectar objetos com diferentes recursos a uma rede, potencializa-se o surgimento de novas aplicações. Neste sentido, conectar esses objetos à Internet significa criar a Internet das Coisas. Na IoT, os objetos podem prover comunicação entre usuários, dispositivos. Com isto emerge uma nova gama de aplicações, tais como coleta de dados de pacientes e monitoramento de idosos, sensoriamento de ambientes de difícil acesso e inóspitos, entre outras. (Sundmaeker, 2010)[2] (grifos nosso)

O que é um dispositivo IoT?

Um dispositivo IoT além de possuir a conexão com a internet, se diferencia de outros dispositivos por ter a capacidade de trocar informações com outros dispositivos de diferentes funcionalidades.

Há uma série de situações, ou aplicações, nas quais se pensa em internet das coisas, por exemplo, ambiente inteligente, computação ubíqua, web das coisas, internet do futuro ou cidades inteligentes. (Singer, 2012; Friedewald e Raabe, 2011).[3]

É indispensável citar, uma vez mais, que é importante que os aparelhos IoT possuam os artifícios adequados, que possibilitam a comunicação, tais como chips, sensores etc.

Não se trata exatamente de uma nova tecnologia, mas da nova fronteira em que a internet está se aprofundando. Isso é resultado do avanço tecnológico que vem se realizando continuamente, especialmente da miniaturização eletrônica e dos protocolos diversos de comunicação. (Hiner, 2013; Vermesan; Friess, 2014)[4]

Neste contexto, a maior e melhor qualidade de um aparelho IoT é a capacidade dele de se comunicar com outros dispositivos, facilitando a troca de informações coletadas, visando aprimorar sua performance e de outros equipamentos conectados a ele.

A Internet das coisas – IoT é composta pela conectividade que os dispositivos (eletrodomésticos, eletrônicos, automóveis, leitores de tags, sensores, dispositivos vestíveis e uma infinidade de outros equipamentos inteligentes) estabelecem entre si como forma de coletar o máximo de informações e alimentar o seu próprio sistema.

E, a partir daí, passam a atuar de forma autônoma sempre que possível, buscando atender às necessidades do ser humano, desde as atividades mais básicas, até às mais burocráticas.

Exemplos e impactos da IoT

Considerando que IoT é à integração de objetos físicos e virtuais em redes conectadas à Internet, permitindo que “coisas”, como o próprio nome sugere, coletem, processem entre si e armazenem uma grande quantidade de dados.

E, neste contexto, é importante notar que vivemos cercados de aparelhos IoT, deste modo, citamos, a seguir, os atuais aparelhos IoT mais utilizados pelos usuários em geral e seus respectivos impactos[5]:

  • Smartwatches: relógios inteligentes, conectados ao celular via IoT, que monitoram batimentos cardíacos, atividade física e outros recursos;
  • Smart homes: dispositivos eletrônicos que possibilitam o gerenciamento da casa à distância, como iluminação integrada;
  • Carros automatizados: carros que se comunicam com celulares a partir da IoT, otimizando trajetos em tempo real, promovendo maior segurança para o motorista;
  • Sensores industriais: implantação de sensores em máquinas industriais, que as tornam mais inteligentes, capazes de gerir as próprias tarefas;
  • Smart cities: em Barcelona, o sistema de coleta de lixo foi completamente automatizado. As lixeiras funcionam a vácuo, pois estão interligadas com uma rede subterrânea;
  • Automação no varejo: tecnologias que possibilitam identificar horários de maior movimentação de clientes, levantar as áreas da loja mais visitadas, conhecer o público e outras atividades;
  • Drones: setores, como a construção civil, utilizam drones para monitorar obras. Na agricultura, eles são usados para percorrer a propriedade rural, detectando anomalias ou sinais de praga nas plantações;
  • Utilização de dados das peças de automóveis em geral: para previsão de defeitos, fim de vida útil e outras tomadas de decisões;
  • Geladeira e alimentos identificados: os aparelhos IoT podem enviar dados e retornar ao usuário informações interessantes, por exemplo, leite vencendo, comprar itens que estão acabando, etc;
  • Medição de energia elétrica faturamentos e eficiência energética;
  • Segurança pública: câmeras inteligentes, monitoramento de viadutos, transporte de cargas perigosas;
  • Babá eletrônica: monitoramento de bebês, respiração, posição, temperatura;
  • Gestão de recepção: sistemas para auxiliar na recepção, triagem e organização da entrada e saída de pessoas e produtos na edificação, otimizando a relação da edificação com os ambientes externos;
  • Marketing e publicidade: por meio de dispositivos que realizam a coleta de dados pessoais em locais distintos, como residências e automóveis, uma grande quantidade dessas informações é gerada e pode ser usada como ferramenta de inteligência de mercado para traçar perfis de clientes e afins;[6]
  • Gerenciamento de cidades: cidades inteiras se beneficiam das inúmeras funcionalidades que a IoT disponibiliza, por exemplo, sinais de trânsito conectados a um controle central, proporcionando melhor fluidez em horários de transito intenso, entre outros.

Todos eles são equipados com chips, sensores e outros recursos que permitem a troca de informações com sistemas e outros aparelhos.

Além do mais, a IoT vai muito além dos exemplos mais comuns citados acima, neste sentido, de acordo com Magrani[7]:

Sistemas automatizados que acendem as luzes e aquecem o jantar ao perceber que você está retornando do trabalho para casa, pulseiras e palmilhas inteligentes que compartilham com seus amigos o quanto você andou a pé ou de bicicleta durante o dia na cidade ou sensores que avisam automaticamente aos fazendeiros quando um animal está doente ou prenhe. ” (g.n.)

E, de acordo com Faccioni Filho (2015), um dos mais promissores usos da IoT está na automação predial e residencial, pois há uma nova geração de sistemas de automação e gestão predial, e isso se deve à chegada e expansão da Internet das Coisas. (grifei)

Como a IoT funciona?

Os aparelhos IoT interagem entre eles e com as pessoas, via de rega, mediante 3 (três) etapas[8]:

  1. Identificação: o sistema precisa registrar os dados de cada aparelho e conectar esses objetos à bases de dados e à internet;
  2. Sensores: o sistema detecta mudanças na qualidade física dos objetos;
  3. Miniaturização e nanotecnologia: pequenos objetos com a capacidade de interagir e se conectar à grande rede.

Diante disso, a IoT facilita e otimiza diversas tarefas, gerando muito mais conforto e utilidade no uso de diversos aparelhos IoT.

Forense em IoT

A realidade de dispositivos de todos os tipos estarem full time conectados à internet, atualmente é parte integrante do cotidiano da sociedade em geral, e tem como consequência positiva um potencial enorme de melhorias dos negócios e da qualidade de vida das pessoas.

Em contrapartida, na mesma proporção que estar 24h conectado a web é algo demasiadamente positivo em termos de praticidade e comodidade socialmente falando, por outro lado, para não dizer que supera, aumenta-se na mesma proporção,  a probabilidade de ataques cibernéticos.

Os sistemas IoT são mais vulneráveis a invasores, principalmente devido ao fato de que, ao construir um dispositivo IoT, os fabricantes costumam dar grande ênfase ao custo, tamanho e usabilidade, enquanto os aspectos de segurança e uso forense tendem a ser negligenciados.

Diante dessa realidade, as evidências digitais no que toca a IoT, podem ser caracterizadas da seguinte maneira:

  • Evidências coletadas nos dispositivos inteligentes (hardware);
  • Evidências coletadas nas aplicações que fornecem comunicação entre os dispositivos inteligentes (pc, apps ou mobile apps);
  • Evidências coletadas no armazenamento das informações, que normalmente ocorre na nuvem;
  • Evidências coletadas no meio de comunicação entre o hardware, as aplicações e o armazenamento (wifi, bluetooth, zigbee, 3G/4G,/5G etc.);
  • Evidências coletadas em aparelhos IoT, como data do ultimo uso, eletricidade residencial, câmeras inteligentes de trânsito, etc.

Segundo Dias (2019), a IoT, por fornecer potencialmente uma fonte de evidências mais rica que dispositivos eletrônicos não conectados, trouxe novos fatores que afetaram o ambiente de investigação, especialmente na forma como se interage com os dados.

Quer aprender muito mais sobre forense em internet das coisas? Confira abaixo a palestra que o nosso professor Marcelo Nagy ministra sobre Forense em IoT:

Confira também o artigo sobre IOT: Os desafios da forense e a internet das coisas.

Conclusão

Neste artigo, concluímos que, diariamente, “coisas” são dotadas da capacidade de se interconectarem à internet, possuindo habilidades para compartilhar, processar, armazenar e analisar um volume massificado de dados.

Desta feita, a fusão entre as COISAS e a INTERNET, deu origem ao conceito IoT (Internet of Things) ou “Internet das Coisas”.

Vimos que a IoT pode ser definida como o mecanismo pelo qual os objetos físicos são interconectados com a internet, mediante sensores invisíveis, promovendo um ecossistema de computação universal e em tempo real, com foco em facilitar e levar praticidade no dia a dia da sociedade como um todo.

A IoT beneficia tanto os indivíduos nas suas rotinas singulares, quanto organizações públicas e privadas de todos os portes e seguimentos, bem como nas áreas industriais, agropecuárias e etc, disponibilizando soluções imediatas, efetivas e práticas no cotidiano a nível mundial.

Para se tornar um perito expert em Forense em IoT, e se destacar profissionalmente nessa área, a qual tem demandado cada vez mais de profissionais habilitados, matricule-se no treinado que a Academia de Forense Digital preparou sobre Fundamentos da Forense Digital, que possui um conteúdo intensivo sobre IoT, realizando um estudo aprimorado, desde a introdução à Forense em IoT, até a estudos de casos concretos.

 


Referências:

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